segunda-feira, 5 de abril de 2010

Voltamos ao Velho Esquema

E quase tudo que escrevi antes do jogo deu ao contrário. Todos os jogadores do Paraná que elogiei não jogaram nada, apenas o Juninho não comprometeu, mas porque não foi exigido. E pelo lado do Atlético apenas Marcio Azevedo fez o que eu esperava sendo de novo o melhor jogador do Atlético em campo, junto do JavierPepe Legal” Toledo que mostrou mais uma vez que é um atacante de qualidade fazendo jogadas e servindo muito bem aos companheiros.

Só que o ataque não funcionou como devia e o gol só saiu de bola parada, culpa de quem? Do meio campo claro. Voltamos ao velho esquema de três zagueiros e dois volantes e isso não deu certo nunca. O Paraná começa com quatro zagueiros la atrás, sem alas, e com dois volantes no meio. Um deles colado no Paulo Baier de certa forma que no final do primeiro tempo uma jogada curiosa me chamou a atenção: Alan Bahia vai ao encontro de Baier e faz um corta luz na marcação, jogada típica de basquete, para que ele tivesse chance de recebera bola livre.

Com essa marcação em cima de Baier o jogo começa no velho esquema do chutão, e assim a bola volta rápido para o domínio do Paraná que, mesmo jogando contra dois volantes e três zagueiros, consegue arrumar espaços na nossa zaga e só não faz dois gols porque eu sequei os caras nos meus comentários antes do jogo, ta aqui para quem não acreditar: Que venha o Paraná. Elogiei-os e não jogaram nada, ou será que eu to enganado e eles são ruins assim sempre?

Com o passar do jogo e algumas poucas jogadas pela direita onde Raul melhorou um pouco, e Márcio Azevedo, pela esquerda, sem conseguir suplantar a marcação do zagueiro colocado ali para marcá-lo não conseguia criar jogadas decisivas nossos zagueiros começam a subir para o ataque e assim conseguimos manter a bola mais no campo de ataque. Mesmo assim nosso meio campo continua nulo.

No segundo tempo, com a saída de Bruno, Serna seria o homem referencia dentro da área, mas o gol logo no começo, de bola parada, recua o time e faz com que o Paraná domine o meio de novo e jogue como quer na nossa intermediaria, mesmo com dois volantes e três zagueiros somos dominados e sofremos para segurar o resultado.

Neste momento precisamos do contra ataque para matar o jogo, mas outra vez o Leandro erra e coloca o Baier para fazer o segundo atacante, tirando toda a velocidade do time, e coloca em campo Netinho, tirando o Serna que não tem velocidade nem toque e nem condições de jogar no Atlético. Assim com um atacante apenas e sem velocidade, pois temos dois meais só que eles não tinham para quem lançar, chamamos o Paraná mais para cima ainda.

As melhores jogadas do segundo tempo são do Chico que na individualidade vai à linha de fundo e cruza para Javier cabecear por cima, Manoel que arranca pela direita e depois de grande jogada chuta da entrada da área, mas a bola vai em cima do goleiro, Márcio Azevedo que pega uma bola no meio e parte para a área, mas tem que decidir sozinho pois ninguém o acompanha, e mesmo assim quase faz um golaço, e uma única jogada do Baier dando um ótimo lançamento para JavierPepe Legal” que toca por cima do goleiro mas a zaga do Paraná consegue salvar em cima da linha. Todas jogadas individuas. Fora isso foram lances normais de quase nenhuma pressão dentro da área paranista. Ao contrário da nossa onde a bola rodava em volta de nossa área e só não tomamos o empate porque o time deles é ruim demais mesmo.

Não entendi porque mudar o time que vinha bem, Raul melhorou, mas precisamos de mais pela direita. O meio campo totalmente perdido só com Márcio Azevedo tentando criar algo, sem a ajuda de Baier que estava bem marcado precisamos de mais um armador, e com certeza Alan Bahia não sabe fazer esse papel. E entendam que não quero um cara que decida, nem faça jogadas maravilhosas, lançamentos e tal, quero apenas um segundo volante que saiba sair para o jogo e chegar com a bola ao ataque, como aconteceu nos outros jogos onde tivemos amplo domínio da posse de bola. Com isso as chances de gols se multiplicaram e os atacantes com mais chances conseguiram dar uma resposta melhor dentro de campo.

Mas depois do jogo o técnico Leandro falou um monte e não disse nada, ou melhor, quase nada. De tudo que ele falou tentando explicar as péssimas substituições e o sufoco do time no fim do jogo entendi duas coisas apenas: “Alan Bahia jogou muito bem de segundo volante” e “Eu não errei nas substituições, não errei”. Então ficamos assim mesmo com essas duas frases dele.

Abraços

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