quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Nó Tático com o 4-2-3-1

Parece que o Carpa já entendeu a imprensa paranaense. Questionavam ele pelo esquema e ele desconversou. Por isso bateram de toda forma nele antes do jogo. Quando saiu a escalação então chamaram de tudo. Claro que um jogo não vai apagar todos os erros que ele vem cometendo, mas ele deu um nó tático ontem tanto no Dorival quanto na nossa imprensa, e até em alguns torcedores que conseguem enxergar 3-5-2, 3-6-1 e até um 4-4-2 no time dele.

Para mim o esquema esta bem claro: 4-2-3-1. Na linha de quatro Bruno é lateral esquerdo, e Diniz na direita, mas apenas sobe um de cada vez e o outro fica para sempre ter três defensores ali atrás. Sem a bola a linha de quatro é recomposta, e como quase sempre um atacante cai mais para os lados este lateral marca este atacante sobrando um zagueiro no meio sempre. Foi assim no primeiro tempo contra o Cruzeiro já.

No meio dois volantes um de cada lado, e como na zaga marcam por zona. Aqui também quando um avança o outro fecha o meio. Ontem deram uma falhadas nesta cobertura, mas por sorte não houve piores danos. Paulo Baier joga solto no meio chegando à frente.

Na frente, mas não tão na frente, os dois atacantes pelos lados. Bruno pela direita, e por ali ele não ta rendendo bem. Ele é finalizador e não tem muita qualidade para tocar e armar, seria mais bem aproveitado dentro da área no lugar do Alex, que ontem jogou uma ótima partida, mas a zaga do Santos é muito fraca, e espero que ele não perca tantos gols assim de novo. E pela esquerda o Paulinho, que jogou mal de novo no ataque. Sem a bola os dois pontas fecham e acompanham o lateral quando ele sobe. Por isso o lateral pode marcar um atacante sem que haja prejuízo por ali. Paulinho por ser lateral volta mais e marca melhor, mas não ataca bem e por isso o time fica um pouco torto.

Agora o jogo em si. O gol no primeiro minuto foi determinante. E a incapacidade do meio campo do Santos, bem quem tem Wesley por ali para armar viu o que deu. Claro que quando o Ganso joga é outra coisa, bem, mas daí até eu né, com ele do meu lado. A marcação deles é totalmente falha, na zaga até o Alex ganhou todas as bolas deles, e no meio Baier jogou sozinho todo o tempo.

Não da para deixar um jogador com a qualidade dele livre. E parece que Dorival não viu isso ou achou que apenas com o ataque ele iria se segurar no jogo e virar. Bem por isso que perderam o terceiro jogo seguido. Como eu disse foi um nó tático no Santos porque o Carpa sacou que ficar com três zagueiros la atrás esperando o time deles é pedir pra tomar gol. Avançou a marcação e pressionava a saída de bola deles com Paulinho por um lado e Bruno pelo outro. Como nossos dois volantes recuperavam a bola e acertavam os passes na saída de bola o time conseguia ligar os contra ataques e dominar quase toda a partida.

E o mais importante de tudo: fizemos um gol e o time não recuou, fizemos o segundo gol e não entrou um volante. E mesmo no fim as modificações foram para dar força ao meio campo e não para retrancar o time. Deu até esperanças que continuando assim possamos almejar algo mais no campeonato.

Agora uma coisa da um medo ainda: Alex não treinou uma vez entre os titulares, e Vitor nem no grupo estava no ultimo treino, treinava em outro campo. E do nada apareceram no time titular. Então tem que ficar de olho para não inventar muito.

Abraços

Um comentário:

  1. Bem interessante sua análise... Eu acho que é um 3-5-2 esquisito, mas na verdade nem o Carpegiani saberia dizer. Foi uma equipe que se portou bem em campo, com variações de posicionamentos (Brunos, Paulinho e Wagner principalmente), e que ganhou merecidamente.
    Contra tudo e contra todos, TODOS OS JOGADORES jogaram bem, alguns muito bem, outros "bem sem comprometer" (como Leandro). Carpegiani honrou seu currículo, finalmente. E que assim continue.

    ResponderExcluir