terça-feira, 17 de maio de 2011

Quando a Técnica Atrapalha a Tática

Qui, 12 de Maio de 2011 23:51


Às vezes a gente olha um bando em campo e não espera nada, e de repente, na base da técnica sai um lance que ganha um jogo. Passamos por isso por vários campeonatos.

Outras vezes você olha em campo e vê um time bem arrumado, mas limitado tecnicamente, mas outra vez a um pequeno detalhe desta arrumação faz com que surjam oportunidades e elas são convertidas. O time do Carpa ano passado era assim.

Mas às vezes você olha em campo e vê um time bem treinado, com todo mundo sabendo o que tem que fazer e espera que dali saia o resultado esperado. As chances vão aparecendo e o que você via em campo e pensava que poderia acontecer se materializa dentro de campo. Só que daí a técnica de alguns, ou a falta dela, faz com que tudo desmorone, e o esquema bem armado e bem trabalhado desanda porque faltou a coisa mais importante dentro de qualquer esquema tático, o material humano que o executa. 

Pezão armou um time para segurar o ímpeto do Vasco e sair em velocidade para o ataque. E foi isso que aconteceu. Só que ele esqueceu que la na frente para receber esta bola rápida e matar o jogo estava o Guerron. Jogador de uma Libertadores da América e que depois nunca mais jogou nada. E hoje não jogou de novo. E não vai jogar mais do que isso nunca.

Pezão armou uma defesa para marcar o lado direito do time do Vasco. Sempre um volante estava ali ou na sobra do Paulinho, ou as vezes, até marcando o jogador que caia pela ponta deixando Paulinho marcar na sobra ou mesmo dentro da área. Mas era o Paulinho, e ele deixa uma avenida onde esta. Não foi por coincidência que o gol saiu de um cruzamento que ele não marcou. Ele sempre foi fraco na marcação. E hoje foi fraco de novo. E vai ser fraco o tempo todo.

Pezão armou um meio com cinco jogadores, um 4-3-2-1, e deu certo. Branquinho conseguiu fazer com que a bola chegasse à frente com rapidez, mas esta velocidade ou morria no Baier e ele cadenciava o jogo, ou Guerron perdia a jogada, fazendo faltas ou chutando mal. Mas pelo menos nossa marcação tinha que ser forte, mas não foi. Com Paulo Roberto, responsável direto pelos dois gols do Vasco na arena, e o tal de Robston fiquei com pena do Deivid correndo e marcando sozinho ali no meio e ainda indo cobrir la na esquerda. Fez um partidaço o garoto.

Pezão errou ao tirar Branquinho de novo? Mas foi de Madson o passe para o gol de Nieto. Branquinho poderia ter ficado? Então precisa trocar quantidade de volantes pela qualidade. Será que ele tem segurança no time para fazer isso? Acho que ainda não.

O esquema foi bem montado e deu errado por deficiência técnica. Acho que com Paulinho, Robston, Paulo Roberto e Guerron jogando juntos não vamos a lugar nenhum. A não ser ficar nos lamentando se o Paulinho marcar, se ele acertar o cruzamento, se o Guerron acertar o chute no gol vazio...

Cabe ao treinador agora observar isto e corrigir mudando as peças, talvez até mudando o esquema para encaixar peças novas. Mas peças de qualidade. Não adianta ser peças de segunda mão. Mas esperar estas peças de quem? De quem contratou mais de 60 jogadores? Sendo mais de 20 este ano sem formar um time?

Nenhum comentário:

Postar um comentário