domingo, 9 de janeiro de 2011

Um Balanço de 2010


Antes de entrar no futebol de 2011 do furacão resolvi lembrar como foi o ano passado para que algumas coisas fiquem nos seus devidos lugares. Não quero ser o dono da verdade, mas esta coluna é como me lembro do time no decorrer do ano. Sei que muitos vão discordar, mas afinal a graça ta ai mesmo.

Começamos o ano com a base que fugiu do rebaixamento, inclusive o técnico, e o time suava para ganhar partidas no fraquíssimo campeonato estadual. Lopes armava o time no que eu chamo de 5-3-2, pois seus alas têm mais obrigação de marcar do que atacar. E sempre com dois volantes o time sofria na criação, principalmente pela ausência de Baier que se contundiu na primeira partida por falta de uma pré temporada bem realizada.

Lopes caiu invicto e dizendo que o time estava em formação e a pré temporada elaborada por ele ia dar resultado na frente. Mas até o Marcelo, que vinha sendo nosso melhor atacante, ele conseguiu contundir fazendo-o ficar dentro de campo machucado para ganhar um jogo que ele dizia que não tinha importância.

Depois de sua saída assumiu o time o Leandro Niehues e durante cinco jogos ele fez o time jogar bola. Foram cinco vitórias como tem que ser no estadual. Mostrando que mesmo jogando mal o time tem que vencer na força da camisa. Escalava o time num 3-5-2 só que com dois meias. E isso fazia a diferença contra os times fracos do paranaense. Só que daí mesmo com o time jogando certo resolveu tirar um dos meias e voltar com mais um volante. A partir daí o time desengrenou e ele passou a fazer uma bobagem atrás da outra, menos a de tirar um dos volantes.

Agora vem o maior absurdo que já vi no furacão nos últimos anos: Leandro era interino, passou a ser efetivo, foi demitido, e voltou a ser interino de si mesmo, enquanto a diretoria não achava um técnico para assumir o time. Um absurdo que nos custou as nove primeiras rodadas do brasileiro, e fez uma das diferenças para que não conseguíssemos a vaga na Libertadores.

Depois de várias tentativas Carpa assumiu o time e teve todo o tempo do mundo para treinar o time. Neste meio tempo vários reforços chegaram ao clube, treze para ser mais exato nesta janela da Copa. Desde o inicio jogou no esquema 4-2-3-1, mas muitos insistiam em esquemas diferentes. Até o tal de 3-5-2 era visto por muitos. Mas time definido que era bom nada. Começou com Bruno Costa de lateral esquerdo e Paulinho como meia atacante pela esquerda. Com o apoio do Chico por este lado nosso ataque por ali ficou forte, mas inexplicavelmente tirou Bruno Costa, que mesmo jogando bem menos fez mais gols e deu mais assistências que todos os outros laterais que jogaram por ali juntos, e recuou Paulinho. 

Foi esta a mudança principal, mas tiveram outras até de menor destaque. Como a saída de Nieto depois de ter feito duas partidas boas no time. A insistente mania de deixar Branquinho no banco, e a implicância com Wagner Diniz, que fez gols e deu varias assistências, mas era sempre o primeiro a sair e chegou a ficar no banco enquanto Granja não jogava nada. Colocar jogadores que nem com o time principal estavam treinando, e queimar alguns jovens prata da casa, que entravam e saiam sem ter uma seqüência, como alguns que vieram de fora tiveram mesmo jogando mal.

Mas o Carpa não foi só defeitos e levou o time a fazer partidas com ótimo futebol, mesmo em derrotas. Ele mostrou a todos que não precisávamos jogar no 3-5-2, que há vida fora deste esquema que a mídia paranaense tanto adora. Montou um time que não apenas jogava no ataque, mas pressionava quando não tinha a bola. Jogava com dois volantes, um de cada lado, bem adiantados, e com a ajuda dos dois meias atacantes pelos lados pressionava o adversário. Assim vários gols e jogadas nossas saíram desta pressão, junto, é claro, da bola parada que sempre foi nosso forte. Carpa variou e chegou a usar o 3-5-2 em alguns momentos, e mesmo um 4-3-3 mais claro, mas foi o 4-2-3-1 com seus meias atacantes pelos lados e volantes sempre marcando adiantados que caracterizaram seu time.

Por isso agradeço ao Carpa, apesar de tudo, por me fazer assistir futebol de novo, e não aquelas retrancas onde todos marcavam la atrás o tempo todo. Se ele tivesse chegado antes, claro que não foi ele a primeira opção da diretoria, e com um pouco mais de qualidade no elenco poderíamos estar preparando o time para a Libertadores. E claro se não fosse a falta de palavra dele abandonando o time no meio do caminho.

Quando Carpa se foi e Sérgio Soares assumiu parece que o time sentiu. Voltou a esperar o adversário la atrás, sem aquela postura de jogar pra cima o tempo todo. Apesar de o time continuar ofensivo só que agora jogando num 4-4-2 mais claro com dois meias, o time não agredia tanto e esperava o adversário atacar para tentar fazer algo depois. Mesmo jogando em casa esperávamos la atrás e tentávamos contra-atacar depois. 

Muitos desfalques também ajudaram a não manter a boa fase do time, que se reergueu no final mas pecou nas ultimas rodadas e entregou a briga da vaga pela Libertadores. Acho que Sérgio Soares errou muito, principalmente nas substituições durante os jogos, e isso nos custou vários resultados. Espero que este ano começando um trabalho ele possa ir melhor. 

Espero que este ano os erros não se repitam: troca de técnicos, indefinições nas contratações, jogador contundido por falta de preparo e por ai vai. Queremos um ano onde poderemos brigar pela Copa do Brasil e Sul Americana, e depois ainda chegar bem no Brasileiro. Espero, pelo menos, ver o bom futebol para frente que vi na Arena no segundo semestre. Na próxima coluna comento sobre os reforços que chegaram e se realmente teremos um time mais forte este ano.

Abraços

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