http://www.cap4ever.com.br/qual-a-importancia-das-embaixadas/
"Um casamento que tinha tudo para dar certo. Um namoro perfeito, um noivado lindo e por fim o tão esperado casamento. Até que o divórcio entrou em cena.
Este foi o final da novela Embaixador Furacão. Um projeto ousado e pioneiro que tinha tudo para dar certo, mas parece que acabou no esquecimento pelo Clube Atlético Paranaense. Lançado em Outubro de2008, chegou ao auge com mais de vinte embaixadas já em novembro do mesmo ano, além da grande quantidade de pedidos de criação de novas embaixadas por todo o mundo.
A cidade de Cascavel foi a primeira a se organizar de forma oficial, ainda em 2002. Isso já mostra o quanto o clube necessita desse projeto. Após a criação das embaixadas, Cascavel foi oficializada juntamente com Guarapuava, um orgulho para estes torcedores. Entrevistas, divulgação, muita gente acompanhando os jogos nos locais determinados, um sucesso. O coordenador do Projeto Embaixador Furacão na época, Ricardo Silva foi o grande responsável pelo sucesso do projeto, sempre atencioso e prestativo, jamais deixou na mão algum embaixador. Ricardo foi afastado, e de lá pra cá os resultados não foram os mesmos.
O descaso tomou conta do projeto e os embaixadores foram abandonados. Aquela troca de emails, informações e promoções não existem mais. Em maio de 2009, o embaixador André Salim de Campo Grande - MS criou uma camiseta da sua embaixada e ao entrar em contato com o clube para saber como fazer este produto ser licenciado, a resposta foi rápida:
- Aguarde que a camiseta está em fase final, no mês que vem já vamos lançar uma camiseta padrão das embaixadas.
E até agora o André espera …
Logo criada pela Embaixada de Campo Grande - MS
No dia da oficialização de algumas embaixadas pude estar presente e me lembro de um embaixador aqui do Paraná ter entregado em mãos a Sra. Yara Eisenbach, que naquele momento representava o presidente do CAP Marcos Malucelli, uma carta com pelo menos três folhas. O embaixador, um senhor digno de muito respeito, comentou que não queria ler a carta para não causar um mal estar aos presentes, mas que estava extremamente chateado pela forma que foi tratado pelo Clube Atlético Paranaense. Com lágrimas nos olhos, a carta foi entregue e lhe foi prometido pela Sra. Yara Eisenbach uma resposta.
E até agora o embaixador espera…
No site oficial o banner das embaixadas não existe mais, os emails enviados por alguns embaixadores não são respondidos. Um descaso com quem tanto se doou ao clube, um abandono. Numa entrevista do novo diretor de marketing, ouvi-o dizer que a interiorização passa pelas escolinhas e embaixadas e é muito importante. O discurso é bom, mas na prática não funciona nada assim.
O Embaixador Furacão é sem dúvida um belíssimo projeto que está sem comando, sem controle. Ajuda a promover a marca do clube no interior do estado, que hoje é dominado por times do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, em outros países como podemos observar Embaixadas na Inglaterra, Estados Unidos entre outros, para atrair novos torcedores e aproximar aqueles que já são seguidores. Sem dúvida, desde o início do projeto ouve um aumento considerável no número de associados (que é o meu próximo tema, o sócio ausente) e que hoje não tem mais ânimo de sequer seguir as notícias do clube. É preciso rever a importância deste projeto, retomar a linha de raciocínio que era de aproximação do torcedor, a não ser que o ideal do clube hoje não seja mais de aproximação.
Se o CAP está se posicionando de outra maneira com o projeto, seria interessante comunicar os embaixadores e não deixá-los num canto jogados, largados e abandonados.
“Não se trata com prioridade, quem lhe trata como opção”
Fonte: Angelin Junior"
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