sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Possível mudança no calendário brasileiro divide dirigentes

Com a medida, a ideia é que o nível do Campeonato Brasileiro não caísse de qualidade por conta da janela de transferência no meio do torneio
Equipe Universidade do Futebol
O calendário do futebol brasileiro é um dos pontos apontados para a falta de planejamento das equipes nacionais e da modalidade em si. Porém, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estuda a adaptação do calendário ao que acontece na Europa.

O problema é que existe uma janela de transferências no meio do Campeonato Brasileiro, o que faz com que as agremiações percam parte de seus atletas enquanto estão disputando o torneio nacional.

Luis Gonzaga Belluzzo, presidente do Palmeiras, se mostrou favorável a possível alteração do calendário brasileiro. O dirigente defende que, desta forma, fica mais fácil que os clubes do Brasil estabeleçam um planejamento para a temporada.

O presidente palmeirense comentou que a alteração no calendário poderia ajudar a situação econômica dos times. Ele afirmou ainda que as equipes poderiam disputar torneios de verão como fez o América do México ante Milan, Inter de Milão e Chelsea, e Boca Juniors que enfrentou Manchester United e Milan, e a LDU que jogou contra o Real Madrid.

Outro que aprova a ideia é Roberto Horcades, presidente do Fluminense. “Seria fundamental esta adaptação, pois a janela no meio da temporada prejudica o futebol brasileiro com a piora do nível técnico dos elencos e o esvaziamento financeiro dos clubes”, disse.

Apesar de existirem algumas agremiações que apóiam a mudança no calendário brasileiro, Ricardo Teixeira, presidente da CBF, alerta para a falta de unidade entre os clubes em relação a essa questão.

“O grande problema para alterarmos o calendário é a falta de unidade. Nem todo mundo é a favor. O São Paulo, por exemplo, é contra, enquanto outros clubes são a favor. Temos que ouvir também os patrocinadores, sem falar nas federações. Como se vê, o assunto é complexo, não pode ser resolvido com uma canetada”, comentou Teixeira.

Outro a questionar a mudança foi o Goiás. “Essa medida precisa ser estudada, mas eu acho que não precisa adaptar o modelo brasileiro ao europeu. As condições climáticas, financeiras e estruturais são muito diferentes. O futebol brasileiro ainda tem a necessidade de exportar jogadores para os clubes sobreviverem”, completou Syd de Oliveira, dirigente da equipe goiana.

Nota: o que o MM diria se fosse perguntado sobre o Calendário?

Abraços

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